“‘Muro de Azulejos' não é um livro de poesias. Na verdade é auto confessional da minha visão da vida, dos meus medos e erros, dos meus sonhos e ambições mais escondidas", revela o autor. Com um modo bem peculiar e lírico de enxergar o mundo, suas impressões sobre as coisas da vida vão se transformando em versos e poemas. A temática é variada: Cunha (claro!), Brasil, meio ambiente, política, denúncias sociais, apelos, conselhos, odes, desculpas, canções, amor, testamentos, filosofia, fatos do cotidiano escolar, assuntos corriqueiros e até uma receita para se viver duzentos anos! Elaborada quando o poeta tinha dezessete, mas, como deixa claro, nasceu a milhões de anos atrás, portanto, fala com propriedade do assunto.
A capa do livro também ficou bastante artística. Segundo o professor Ernesto, “a capa tem um significado em particular, pois ela representa a construção ou a desconstrução do texto poético e quem elaborou foi o Victor Dheniel Paiva, um excelente ilustrador filho de Cunha".
O professor Ernesto também se revela um ladrão, que rouba desde pirulito de crianças até corações. Mesmo sabendo que o poeta é um fingidor e todos os poemas podem ser puro fingimento, quem poderá negar? Esse ladrão, um “bom ladrão", capaz de roubar até os sonhos alheios não é capaz de roubar o nosso encanto permanente por sua própria verve.
Quem, além daquele besouro desengonçado, não se encantou pelos versos escritos nesse muro de azulejos?Palavras que alegram, elevam e libertam. Parabenizamos o nosso querido patrono por mais essa obra que vem enriquecer a literatura cunhense. Desejamos sucesso e agradecemos pelos exemplares que gentilmente nos agraciou.